A produção de resíduos e de águas residuais, sejam eles de natureza doméstica, agrícola ou industrial, é também uma fonte de emissão de gases com efeito de estufa. Estas ocorrem sobretudo na forma de emissões de metano, aquando da digestão anaeróbia da matéria orgânica presente nos resíduos e nas águas residuais. Independentemente do destino final e do tipo de tratamento utilizados, as operações de gestão de resíduos e de tratamento de águas residuais acabam sempre por ser responsáveis, de uma forma ou de outra, pela emissão de gases com efeito de estufa. Em particular, a deposição de resíduos em aterro gera importantes emissões; já no caso da incineração, a emissão é menor em termos do seu potencial de aquecimento global, mas a combustão acaba por induzir emissões atmosféricas que levantam outro tipo de questões ambientais.
Mas ainda mais relevante do que a simples consideração das emissões diretamente associadas ao fim de vida dos produtos (deposição em aterro, incineração ou outras) são as emissões associadas ao seu próprio ciclo de vida, desde a fase da sua conceção, à sua utilização efetiva e ao seu final de vida útil e destino final. Nesse sentido, a redução da produção de resíduos e águas residuais será a estratégia mais eficiente de lidar com a questão. Sendo que a maximização da re-utilização dos bens e a reciclagem dos materiais apontam no mesmo caminho de “fecho” do ciclo de vida dos materiais e da adequada gestão dos recursos.